Água-viva
Cartas poéticas para Clarice Lispector
Carta 2
Querida Clarice,
Você não sabe o quanto eu estava precisando das tuas palavras
Que traduzem teu olhar
Teu sentir
Teu viver a vida
Que traduzem teu olhar
Teu sentir
Teu viver a vida
Eu sinto que o teu olhar ilumina lugares escuros
O teu sentir é capturado pelas sutilezas
Tua escrita é libertadora
Experimentadora de curiosidades
O teu sentir é capturado pelas sutilezas
Tua escrita é libertadora
Experimentadora de curiosidades
Andei um pouco perdida
Distante de mim
E sei que posso recorrer às tuas palavras
Elas me acompanham na travessia
De volta para mim mesma
Distante de mim
E sei que posso recorrer às tuas palavras
Elas me acompanham na travessia
De volta para mim mesma
Tuas palavras ultrapassam
A minha primeira capa de superficialidades
As máscaras caem
Meu coração em tuas mãos
Minha alma aos teus pés
A minha primeira capa de superficialidades
As máscaras caem
Meu coração em tuas mãos
Minha alma aos teus pés
Eu também não gosto deste pacto com a mediocridade de viver, Clarice
Estou à espera do teu livro
Felicidade clandestina é lembrar que as tuas palavras estão à caminho
Água-viva
Alma-viva
Pois tudo que é vivo
Tem me chamado neste momento
Felicidade clandestina é lembrar que as tuas palavras estão à caminho
Água-viva
Alma-viva
Pois tudo que é vivo
Tem me chamado neste momento
por Bruna Berger Roisenberg
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